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Ciclo de Aulas Públicas Apagão Amapá/Macapá: 8ª rodada e 9ª rodada acontecem nesta quarta-feira (16) e na sexta-feira (18)

  • Publicado: Quarta, 16 de Dezembro de 2020, 16h32
  • Última atualização em Quarta, 16 de Dezembro de 2020, 16h50

O Ciclo de Aulas Públicas Apagão Amapá/Macapá está sendo retomado na data de hoje, dia 16 de dezembro, quarta-feira, às 19h30

Título da sessão de hoje: crítica da política estatal de construção de barragens no Amapá/Pará/Amazônia & movimentos de luta anti-barragista.  A programação poderá ser acessada no link  https://encurtador.com.br/fmq78 

Haverá certificação para os participantes  que se inscreverem no site https://confrontodeideias1.wixsite.com/confrontodeideias   ou pelo email  confrontodeideias13ufpa@gmail.com 

Apagão -Tendo em vista a tragédia social que atingiu os moradores da cidade e do interior do estado do Amapá, que sofreu um blecaute por um tempo recorde no Brasil, o que provocou um colapso também no fornecimento de água e alimentos, dentre outros problemas socialmente graves, como a exacerbação da pandemia neste período, a coordenação do Ciclo decidiu estender a programação, abrindo espaço para o debate de novas pesquisas no campo da construção de barragens hidrelétricas na Amazônia e o ativismo militante expresso nas lutas que têm sido travadas por coletivos e movimentos sociais, há mais de 30 anos, contra a construção dos megaprojetos hidrelétricos (Tucuruí/Belo Monte) duplamente destruidores e predatórios: da vida dos homens, comunidades ribeirinhas, pescadoras, extrativistas, quilombolas e povos indígenas, e da natureza, rios, cachoeiras, florestas, animais, enfim, fauna e flora das regiões atingidas. Essa é uma luta também pela garantia de direitos sociais, reparação de danos , indenizações e outras reinvindicações.

Hidrelétricas - Na programação de hoje (16/12) , os convidados são o geógrafo e professor da Universidade Federal de Macapá Ricardo Pereira de Lima, que vai expor suas pesquisas sobre a política de construção de hidrelétricas em curso no estado do Amapá, e militantes e ativistas do Movimento de Atingidos por Barragens-MAB, Movimento Xingu Vivo e Movimento em Defesa da Vida-MDV.

O mediador-debatedor da atividade é o Prof. Dr. Carlos Bordalo, da Faculdade de Geografia e Cartografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia do IFCH/UFPA.

Programação - veja na imagem abaixo:


Resumo da exposição do Prof. Ricardo Lima:

O debate aborda a dinâmica de implantação de Usinas Hidrelétrica (UHE) no espaço amapaense e os conflitos sócio-territoriais gerados por essas grandes obras. A fronteira da hidroeletricidade no Amapá data de um período cuja necessidade de energia era crescente no país e a política energética no Brasil voltava-se para a Amazônia. O potencial hídrico instalado na bacia do Rio Araguari (AP) e a demanda de energia no Amapá, como insumo necessário ao desenvolvimento de projetos de mineração, convergiram para a construção da primeira hidroelétrica do Amapá no início década de 1950, concluída somente em 1975. Em 2011 inicia-se a construção da UHE Ferreira Gomes Energia concluída em 2015; e a construção da UHE Cachoeira Caldeirão entre 2013 e 2016, ambas no município de Ferreira Gomes. Na parte sudoeste do estado do Amapá também localiza-se a UHE de Santo Antônio do Jari, na bacia do Rio Jari, divisa com o estado do Pará, inaugurada em 2014. No dia 4 de novembro de 2021, 13 municípios do Amapá sofreram um apagão de energia que durou 21 dias. Dentre os resultados desse dessa falta de energia elétrica foram os protestos sociais contra os dirigentes políticos locais e nacionais.

Movimentos Sociais -  No debate após a palestra, será abordada a luta dos movimentos sociais, dentre os quais o Movimento em Defesa da Vida-MDV, dos anos 1980, que foi pioneiro na luta contra a barragem de Tucuruí no rio Tocantins (nomeada pelo jornalista Lucio Flavio Pinto como a “barragem da ditadura”). Os impactos sociais e ambientais desta barragem podem ser conferidos no documentário “O rio morreu di nóis” (de Patrick Pardini e José A. Colares), que foi um veículo estratégico na mobilização da sociedade em torno desta luta.

Assista ao vídeo “O RIO MORREU DI NÓIS” (audiovisual de 1984): https://memoriasocialtucurui.org    

Essa é uma atividade que integra a programação extra-muros do projeto de extensão universitária Confronto de Ideias, coordenado pela professora-pesquisadora Marly Gonçalves da Silva/FACS-IFCH.

Certificados, para os que se inscreverem, serão emitidos na próxima semana.

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